Não podia acreditar que alguém pudesse fazer o que os meus olhos viam.
Os braços da Márcia esvaiam-se,
Fiquei ainda um pouco na sala a dar voltas ao assunto, porque é que a Márcia fez aquilo? Não é normal.
A noite passou e acordei cedo, a Márcia já estava na cozinha, estávamos sozinho, achei o momento ideal para falarmos:
- Olá Márcia! Tudo bem?
- Sim está tudo!
- Desculpa estar a tocar no assunto mas
ontem à noite eu vi-te no muro.
A Márcia ficou alertada, posso dizer que entrou num ligeiro clima de pânico, a tensão no nosso diálogo aumentou.
- Sim, eu gosto de ficar um pouco na rua à noite a pensar!
- A pensar? Ouve, sei que tens algum problema e quero-te dizer que podes contar comigo, mesmo me conhecendo a apenas dois dias!
- Estás parvo, comigo está tudo bem!
- Não faças de mim parvo, não me atires areia para os olhos! Se eu me ofereci para ajudar, podes confiar. Levantei-me da cadeira e ia sair, já todo chateado.
- Espera
eu preciso de falar!
- Bom dia!!! Chegou a Rute, interrompendo-nos a conversa.
Não acredito nisto, no momento em que ia saber o que se passava com ela a Rute tinha que chegar. Tal como ela desceram todos.
A Márcia saiu da mesa e foi para o quarto, pouco depois vou até ao seu quarto:
- Posso entrar?
- Um momento só, vou trocar de camisola!
Já podes.
- Podemos falar agora, se quiseres.
- Quero, preciso mesmo! Ontem à noite viste alguma coisa?
- Sim vi Nesse instante levanto-lhe os braços da camisola, para elucidar-lhe do que tinha visto, ela baixou os olhos. Porque fazes isso?
- Não sei
- Toda a gente faz alguma coisa por alguma razão.
- Sim mas só dou por mim depois de já estar feito, eu não tenho noção do que estou a fazer no momento, é um modo que eu tenho de descomprimir tudo o que me vai lá dentro
- Mas porquê?
- Eu sofro de
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